Já pensou em colocar seu bebê para ouvir música? Segundo a musicoterapeuta Lívia Rocha Coelho, o som das melodias pode ajudar seu filho, mesmo pequenininho, a transmitir seus sentimentos e desejos. Como ele ainda não sabe falar, manifesta-se por meio de gestos e expressões.
No entanto, é na escola que a criança passa a se desenvolver com a ajuda da música. “Nessa fase, a musicalização se dá por meio de brincadeiras com sons e cantigas infantis. E seus benefícios são muitos: estimula a alfabetização, o raciocínio, a criatividade, a percepção sonora e espacial, a estética e a socialização”, explica a especialista. Quando canta em grupo, por exemplo, ela se sente integrada à turma, adquire a consciência de que seus componentes são igualmente importantes e se torna mais comunicativa. Também compreende a necessidade de cooperar com os outros, pois percebe que da união de esforços dependerá o alcance do objetivo comum. Além disso, aprende a cumprir regras, já que é preciso respeitar o espaço e a vontade dos colegas, e a criticar de forma construtiva. Essas lições são importantíssimas para se viver em sociedade!

“As aulas de música devem começar somente por volta dos seis anos, quando o pequeno já desenvolveu o gosto e o vínculo com a música. A partir daí, ele pode aprender o manuseio técnico de um instrumento. Costuma-se iniciar com a flauta doce ou instrumentos de percussão em bandinhas rítmicas”, conta Lívia.
E, a partir dos sete anos, ela descobre quais são as suas aptidões e gostos, bem como os instrumentos que lhe agradam ou não. Dessa forma, começa a compor e explorar novas músicas e melodias. “Quando a criança cria, ela sente orgulho e satisfação com o resultado do seu trabalho. Esse sentimento fortalece sua autoestima e estimula a criatividade.”
E quem é seguro e imaginativo durante a infância, tem potencial para se tornar um adulto bem resolvido e feliz!